DIMS 2024

FALCOARIA, PATRIMÓNIO HUMANO VIVO

FALCOARIA, PATRIMÓNIO HUMANO VIVO

Sendo originalmente um método de obtenção de alimentos, a prática da falcoaria tem evoluído ao longo do tempo no sentido de se associar à conservação da natureza, ao património cultural e às atividades sociais dentro e entre comunidades. Seguindo o seu próprio conjunto de tradições e princípios éticos, os falcoeiros treinam, fazem voar e criam aves de rapina (que abrangem, além dos falcões, aves como as águias e outros accipitrídeos), desenvolvendo um vínculo com as aves e tornando-se os seus principais protetores. Esta prática, presente em muitos países do mundo, pode variar no que se refere a determinados aspetos como, por exemplo, o tipo de equipamento utilizado, mas os métodos permanecem similares. Os falcoeiros veem-se como um grupo, podendo viajar semanas seguidas executando a sua prática e partilhando à noite as suas histórias. Consideram que a falcoaria estabelece uma relação com o passado, particularmente nas comunidades onde a prática constitui uma das poucas ligações com o ambiente natural e a cultura tradicional. Os conhecimentos e competências são transmitidos de forma intergeracional no seio da família mediante sistemas de tutoria formal, aprendizagem, ou cursos de formação ministrados em clubes e escolas. Em alguns países, os futuros falcoeiros devem obter aprovação num exame nacional. Os Encontros e Festivais constituem oportunidades para as comunidades partilharem os seus conhecimentos, incrementarem a sensibilização e promoverem a diversidade.

© Comissão Nacional da UNESCO

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