Cinema na Casa das Artes | Junho

Cinema na Casa das Artes | Junho

O mês de junho volta a ser de cinema na Casa das Artes do Porto. A programação arranca no dia 1 de junho com um clássico de Maurice Pialat, “A Infância Nua”, a primeira longa metragem do autor francês, que é também um comovente filme sobre a infância.

Mas há muito mais para ver!

1 de junho | 18h00 | A INFÂNCIA NUA, de Maurice Pialat
François, um menino de dez anos, foi entregue a um orfanato pela sua mãe, que não está disposta a abdicar da custódia permanente. O seu comportamento destrutivo precipita a sua mudança da casa de uma família adotiva de longo prazo para os cuidados de um benevolente casal idoso. Um comovente filme sobre a infância, a primeira longa-metragem de Maurice Pialat.

6 junho | 21h30 | O SOLDADO DAS SOMBRAS, de Jean-Luc Godard
O repórter fotográfico Bruno Forestier, desertor durante a guerra da Argélia, está em Genebra e trabalha numa organização clandestina de extrema-direita, que lhe impõe a missão de assassinar um jornalista pró-argelino para provar que não é um agente duplo… Uma história de amor entre fações opostas, mas que é sobretudo uma declaração do cineasta contra os horrores da tortura e do esvaziamento moral de quem a pratica.


8 de junho | 18h00 | CÉU EM CHAMAS, de Christian Petzold
O ambiente aquece, literal e figurativamente, na natureza e entre os seres humanos, na realidade que partilhamos e também no último filme de Christian Petzold, segundo tomo numa série de obras inspirada nos quatro elementos, começada em 2020 com o aquático Undine. É a vez do fogo, neste drama emocionalmente escaldante em que quatro jovens se veem aprisionados pelas chamas florestais numa casa de férias no Mar Báltico. A temperatura eleva-se entre eles, catalisando amor e desejo, rancor e ciúme, numa combustão que ameaça consumir as suas almas sôfregas de algum tipo de libertação.

12 de junho | 21h30 | RETRATOS FANTASMAS, de Kleber Mendonça Filho
Fruto de sete anos de trabalho e pesquisa, filmagens e montagem, Retratos Fantasmas traz o espaço histórico e humano como o personagem principal, revisitando-o através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século XX.

13 de junho | 21h30 | NO TÁXI DE JACK, de Susana Nobre
Com 63 anos, e quase a reformar-se, Joaquim vê-se a ter de cumprir as regras do centro de emprego para poder usufruir do subsídio de desemprego. Apesar de saber que não voltará mais à vida ativa, Joaquim tem de andar de empresa em empresa a pedir carimbos a atestar que ali esteve à procura de trabalho. Nestas viagens rememora a sua vida de emigrante na América onde trabalhou como taxista, em Nova Iorque, e assistiu às diversas quedas da bolsa de Wall Street.

15 de junho | 18h00 | ANATOMIA DE UMA QUEDA, de Justine Triet
Um casal de escritores, Sandra e Samuel, e o seu filho de onze anos, Daniel, vivem isolados na montanha. Um dia, Samuel é encontrado morto, aparentando ter caído de uma janela. Imediatamente, surgem dúvidas relativamente à verossimilidade de se tratar de um caso de suicídio e a possibilidade de homicídio é colocada em cima da mesa. As suspeitas recaem sobre Sandra, que é chamada a tribunal, onde a relação do casal é avidamente dissecada.

20 de junho | 21h30 | UM CASAL, de Frederick Wiseman
O filme acompanha uma relação duradoura entre um homem e uma mulher. O homem é Leo Tolstoy. A mulher é a sua esposa, Sophia.

22 de junho | 18h00 | O RAPAZ E O MONSTRO, de Mamoru Hosoda
Um conto de fantasia recheado de ação, sobre a amizade entre Kyuta, um rapaz só e infeliz que vive no mundo dos humanos (em Shibuya), e Kumatetsu, uma criatura solitária que vive em Jutengai, o mundo imaginário. A relação, por vezes tempestuosa, mas sempre divertida, entre o monstro e o seu jovem aprendiz, vai ficando cada vez mais forte. Ao superarem a solidão, acabam por perceber o quanto precisam um do outro. Um feliz encontro que será o início de uma aventura que vai muito para além da nossa imaginação…

26 de junho | 21h30 | ONDE FICA ESTA RUA? OU SEM ANTES NEM DEPOIS, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata
Da nossa janela vê-se um décor do filme Os Verdes Anos, realizado por Paulo Rocha em 1963. Este foi o nosso ponto de partida: guiados pelo olhar de Rocha, voltamos a olhar para os lugares desse filme. Os sucessivos estratos geológicos, urbanísticos e sociais de Lisboa, sitiada pela pandemia que interrompeu as filmagens, desenham-se em frente à nossa câmara, como um improviso de jazz contemporâneo a partir de uma partitura escrita em 1963.

27 de junho | 21h30 | PEQUENAS CARTAS MALVADAS, de Thea Sharrock
Na década de 1920, uma cidade costeira inglesa testemunha um escândalo sombrio e absurdo. Baseado numa história verídica, “Pequenas Cartas Maldosas” acompanha duas vizinhas: a profundamente conservadora habitante local Edith Swan e a turbulenta migrante irlandesa Rose Gooding. Quando Edith e os outros habitantes começam a receber cartas perversas cheias de profanidades involuntariamente hilariantes, a grosseira Rose é acusada do crime. As cartas anónimas causam alvoroço a nível nacional e segue-se um julgamento. No entanto, quando as mulheres da cidade – lideradas pela agente da Polícia Gladys Moss – começam a investigar o crime por conta própria, suspeitam que algo não bate certo e afinal Rose pode não ser a culpada.

29 de junho | 18h00 | QUERIDA LÉA, de Jerôme Bell
Jonas, um parisiense quarentão, está ainda perdidamente apaixonado pela sua ex-namorada Léa. Quando bate na porta dela para confessar os seus sentimentos e ela o rejeita, ele acaba no café no andar abaixo. A inspiração surge e Jonas senta-se para escrever uma longa carta de amor para Léa, esquecendo-se de tudo que deveria fazer naquele dia. O que começa como uma última tentativa de a recuperar, transforma-se surpreendentemente numa vívida reflexão sobre o estado da sua vida. Ao longo de um dia, ajudado por um pândego barman e uma série de clientes da vizinhança, Jonas terá de enfrentar os seus relacionamentos passados, o seu futuro incerto e, acima de tudo, a si mesmo.

 
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