
Exposições Patente até 31 de março
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra de Teresa Segurado Pavão e João Cutileiro
Entre 5 de janeiro e 31 de março de 2023, o Museu Nacional de Arte Antiga e o Centro de Arte João Cutileiro assinalam a data da morte do escultor com exposição evocativa.
No segundo aniversário do desaparecimento, o MNAA associa-se ao Centro de Arte João Cutileiro e à Fundação Carmona e Costa para evocar a memória ade João Cutileiro, correspondendo à ideia apresentada por Teresa Segurado Pavão de homenagear o amigo que tanto admirava. Filipa Oliveira foi convidada a assinar a curadoria de uma exposição que articula entre si peças do escultor e obras de Teresa Segurado Pavão. A iniciativa conta com o apoio do GAMNAA e com o patrocínio do Banco Santander, na sua qualidade de Mecenas para a Educação e Ciência.
“Às vezes, ponho-me a olhar para uma pedra… Teresa Segurado Pavão e João Cutileiro no MNAA”, é uma exposição construída em torno dos conceitos de fragmento, memória e escultura. Teresa Segurado Pavão concebeu este conjunto de objetos artísticos utilizando o barro como elemento integrador de fragmentos que são os ‘desperdícios’ de esculturas de João Cutileiro lhe foram oferecidos. Utiliza a roda de oleiro na finalização das peças, para evocar o acabamento a torno que Cutileiro utilizava nas suas esculturas. Usa o ferro nas ligações entre a pedra e a cerâmica (agrafos, espigões, prisões), numa alusão à técnica utilizada pelo escultor na estrutura das suas obras. A curadora Filipa Oliveira, por sua vez, utilizou a relação natural existente entre os materiais utilizados pelos dois artistas plásticos – o barro e a pedra, ambos minerais em diferentes estados – para criar a base do discurso expositivo construído em torno da articulação de um importante grupo de esculturas de João Cutileiro com a obra produzida para este efeito por Teresa Segurado Pavão.
Sobre TERESA SEGURADO PAVÃO
Teresa Segurado Pavão (Lisboa, Novembro 1957) vive e trabalha em Lisboa.
Fez o curso da Escola António Arroio e o curso de Cerâmica do IADE. Frequentou os departamentos de Desenho, Pintura e Joalharia do AR.co e o atelier de Tapeçaria de Gisela Santi. Criou a tp (loja de autor) em Lisboa (2004 – 2018).
Expôs o seu trabalho no Museu Nacional do Azulejo (Lisboa), Convento dos Capuchos (Almada), Casa Museu Anastácio Gonçalves (Lisboa), Appleton Square (Lisboa), MUDE – Museu do Design e da Moda (Lisboa), Museu de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (Lisboa), entre outros.
Encontra-se representada em coleções privadas e institucionais, nacionais e internacionais das quais se destacam: Fundação Carmona e Costa, Museu Nacional do Azulejo, MUDE – Museu do Design e da Moda e Museu Nacional do Traje.
Sobre JOÃO CUTILEIRO
João Pires Cutileiro (Lisboa, 1937 - 2021) foi um escultor português.
Nasceu e fez a sua formação inicial em Lisboa, mas fazia gosto nas suas raízes alentejanas.
Acompanhou a família por vários pontos do mundo e estudou em Londres, por influência de Paula Rego.
Em 1970, regressa a Portugal, instalando-se primeiro em Lagos e depois em Évora (1985).
Expôs em Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Macau, Luxemburgo e Bélgica. Em 1990 realiza uma primeira retrospetiva na Fundação Calouste Gulbenkian.
Foi agraciado (1971 e 1983, respetivamente) com uma Menção Honrosa do Prémio SOQUIL, o primeiro prémio da crítica de arte em Portugal e com ograu de Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, que distingue personalidades de Mérito Científico, Literário e Artístico.
Ficou conhecido pela qualidade da sua obra e por ter revolucionado a escultura portuguesa, quando, após o 25 de abril, isso lhe foi permitido.
Sobre o CAJC
O Centro de Arte João Cutileiro é uma associação cultural sem fins lucrativos que assume como missão a gestão do legado artístico do escultor, promovendo a divulgação da obra de João Cutileiro, nas diferentes dimensões que integra mas, sobretudo, pela inovação artística que foi capaz de afirmar no panorama escultórico português, influenciando de forma definitiva a perceção e o trabalho de escultores de gerações posteriores, como José Pedro Croft, Rui Sanches, Rui Chafes, Manuel Rosa, Susana Piteira ou Alexandra Ferreira, entre muitos outros. Aposta, para isso, em atividades de mediação cultural, em colaboração com outras entidades, públicas e privadas, que trabalhem para a promoção e desenvolvimento cultural das comunidades.
O CAJC reúne um acervo de obras de João Cutileiro (escultura, fotografia, desenho, gravura), que se propõe utilizar para dinamizar iniciativas que evoquem e traduzam a sensibilidade e inovação plástica e estética protagonizada pelo artista no contexto da escultura nacional e na sua relação com panorama internacional do século XX. Estes projetos artísticos são parte da estratégia de divulgação do papel essencial de João Cutileiro nas transformações operadas na escultura em Portugal, ao longo do século XX e, por sua influência ou estímulo, na transição para o século XXI.
- Organização:
- MNAA/DGPC
- Local:
- Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
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